Body scan: tudo o que você precisa saber está aqui!
A entrada de armas, drogas e celulares em presídios é uma grande preocupação para os gestores dessas unidades.
Geralmente, esses e outros ilícitos alcançam os detentos por meio de visitantes que usam a criatividade para esconder os itens em costuras ocultas em roupas, em vasilhas e até em partes íntimas. Nos últimos anos, porém, essas pessoas têm sido surpreendidas pelo body scan.
Esse equipamento é uma das soluções de segurança para o sistema prisional que vem em auxílio dos agentes penitenciários e seus gestores a fim de oferecer maior eficiência, segurança e agilidade ao processo de inspeção, sem violar a dignidade dos visitantes.
Saiba mais sobre como funciona essa tecnologia e como ela pode ser implementada em sua instituição!
Conheça o body scan
O body scan é um equipamento de inspeção corporal que funciona por meio da emissão de baixas doses de raios-X. Essa tecnologia permite observar o que a pessoa revistada carrega consigo tanto fora do corpo — dentro das roupas ou por baixo delas — quanto dentro dele.
Assim, é possível identificar drogas, armas e outros objetos considerados ilícitos dentro de uma unidade prisional ou em qualquer outro ambiente protegido.
O body scan trabalha com a geração de imagens do corpo em alta definição permitindo, de forma rápida e segura, que ao profissional que o opera averiguar se o inspecionado está portando objetos impróprios.
Por exemplo, ninguém pode entrar com nada dentro do bolso em um presídio. Então, se a pessoa estiver com algo, será exibido pelo body scan. São inúmeros os casos de visitantes que tentam entrar no presídio com ilícitos nas partes íntimas, e o aparelho consegue demonstrar se existe algo irregular naquela cavidade.
Dessa forma, é importante que o agente penitenciário que fará a revista tenha um bom conhecimento da anatomia do corpo humano.
Com capacitação e experiência, ao detectar formas incomuns, é possível identificar se há cápsulas dentro do bolo estomacal, por exemplo. Constatada a anomalia, serão tomadas ações adicionais para investigar possíveis itens ilegais que visitantes possam portar.
Veja os diferenciais do aparelho
A grande vantagem da aplicação do body scan no sistema prisional é a possibilidade de fazer a inspeção de forma muito mais ágil. Atualmente, a revista demora cerca de 30 minutos. Com o equipamento, é possível fazer a revista em cerca de 7 segundos, e com muito mais eficiência.
Existem presídios que recebem simultaneamente milhares de visitantes aos fins de semana. Em um cenário tradicional de revista manual, as pessoas chegam, formam a fila e, de 10 em 10, despem-se e são rigorosamente revistadas.
O processo com o body scan é muito mais ágil, sem grandes interrupções no andamento da fila de revista, em um processo mais fluido.
Além disso, é um método muito menos invasivo, pois não há a necessidade de o agente de inspeção tocar no inspecionado — o que pode gerar certo mal-estar.
Sem falar que o visitante também não precisa tirar as roupas, evitando situações e posições constrangedoras. Por exemplo, cerca de 90% dos visitantes são dispensados da revista íntima graças a essa tecnologia, garantindo dignidade aos familiares e demais pessoas que passam pelo procedimento.
O body scan usa baixa dose de raios-X, reduzindo o potencial de riscos à saúde do inspecionado e do agente, sem comprometer a eficácia e a eficiência do processo.
Além da economia de tempo, podemos destacar mais um diferencial do body scan: economia operacional. O processo atual requer uma quantidade absurda de agentes para poder controlar e ver todas as pessoas, isso tudo é custo para a unidade — e esses agentes poderiam fazer outras tarefas.
Com o body scan, os profissionais podem ser redirecionados para outras atividades, tendo em vista que o equipamento faz a parte mais complexa do processo de inspeção.
Confira os benefícios do body scan nos presídios
Quando aplicamos essa tecnologia à rotina dos presídios, temos ainda mais vantagens, por se tratar de procedimentos que esbarram nos Direitos Humanos.
Há de se ter cautela para que o processo não fira os princípios da dignidade humana e não exponha o revistado a um tratamento degradante. Assim, existem dois aspectos principais.
O primeiro e talvez o mais importante é a questão de humanizar o processo de inspeção. O visitante deixa de ser colocado em situações que são vexatórias, principalmente em um momento já desconfortável, o de estar naquele ambiente.
O segundo relaciona-se com a segurança. O scanner permite uma inspeção mais avançada porque consegue ver de fato o que há dentro do organismo humano, em lugares e cavidades que, até então, o processo tradicional dificilmente alcança.
Ambos os aspectos trazem reflexo tanto para dentro da unidade prisional quanto para o processo de ressocialização do preso.
Em presídios do Rio de Janeiro, por exemplo, diversas unidades já apreendem ilícitos com ajuda do scanner. Iniciativas como essa já são vistas em unidades prisionais em todo o território nacional, como Acre e Joinville.
Saiba como o body scan é implementado
O equipamento pode ser instalado em pisos convencionais e não requer nenhum tipo de adequação de infraestrutura mais complexa. Com um ponto de energia e um piso nivelado, é possível fazer a instalação.
A grande preocupação é sobre a radiação. Todo equipamento de raios-X emite radiação à sua volta.
Sendo assim, o gestor e a parte contratante precisam se preocupar com a radioproteção, pois a segurança e a integridade de todos estão envolvidas no processo, não apenas do inspecionado, mas também daqueles que circulam próximo ao equipamento.
Na instalação do body scan, portanto, é preciso olhar para o manual do fabricante e ver qual é a área de isolamento solicitada para cada tecnologia.
A melhor forma de fazer a instalação da solução com segurança, sem se preocupar em dedicar um amplo espaço para o equipamento, é implementar cabines blindadas. Com elas, esse cuidado de radioproteção se minimiza, pois ela é formada por um material que isola a radiação excessiva.
O body scan não necessita de estruturas elétricas mais complexas, podendo ser instalado em lugares convencionais.
Quando alocado em um espaço menor, o recomendado é usar a cabine blindada ou fazer um cordão de isolamento, tendo um controle rigoroso para que as pessoas não ultrapassem os limites estabelecidos pelo fabricante.
Isso é muito significativo, tendo em vista que a maior parte das unidades presidiárias brasileiras é de reduzida disponibilidade de espaço.
Instalar o body scan é, antes de tudo, uma preocupação com a própria instituição, porque a tecnologia inibe e dificulta a entrada de itens ilícitos dentro dos presídios.
Além disso, o processo de inspeção torna-se mais humano e menos degradante, e isso tem um reflexo não apenas para os inspecionados, mas também para os funcionários e os presidiários, que começam a ver que suas famílias estão sendo respeitadas.
Todo esse ambiente que é criado tem reflexos e impulsiona o processo de ressocialização do preso.
Quer saber como o body scan pode trazer mais segurança à sua unidade prisional? Entre em contato conosco para darmos mais direcionamentos!